Relexões
Resta-me saber o que tenho de começar.
Sempre pensei, estudar, tirar um curso, emprego estável, casa, carro... Depois viria uma família, festas de aniversário, natais...
Por vezes penso que esse ainda é o plano.
Claro que quando era mais nova era mais simples. Agora coloco a máscara todos os dias, sorrio e sou social. Abraço pessoas que nem sei o nome, apoio pessoas que não significam nada para mim. Sempre pensei que não conseguiria viver sem as pessoas que mais importavam, e no entanto estou a fazê-lo.
Agora, eu, a pessoa que tinha todas as respostas, já não sei qual é o passo seguinte.
Vamos colocar as coisas deste modo, eu gosto de ter o controlo, sempre fui correcta com as pessoas e o controlo era uma espécie de recompensa. Agora não controlo tudo, aliás, nada controlo.
E o resto, é a outra parte de mim que controla. Não que eu não goste, apenas não sei se é o correcto, mas quando penso nisto, para quem é que eu estou a ser correcta?
Porque não simular apenas as atitudes vulgares dos mortais?
As pessoas não se preocupariam com as minhas mentiras se eu dissesse que são importantes para mim não sabendo que não era verdade.
E assim todos ficariam felizes. Quer dizer, eu não acredito na felicidade, acredito na sua incessante procura. Eu não a procuro, não a reconheceria se ela estivesse mesmo à minha frente.
O meu objectivo é a estabilidade apenas.
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