domingo, 20 de julho de 2014

"Ela conseguiu. 
 Desde que se lembra, que é isto que quer
 É já amanhã.
 É só acordar e sair.
 Sem olhar para trás.
 Tudo ficará no passado quando chegar a manhã.
 Ela fecha os olhos. Sorri.
 As mãos tremem.
 "Serei capaz?"


 É o chão que pisou todas as noites.
 Ao de leve, para ninguém ouvir.
 Ele guarda todas as suas lágrimas,
 Por poucas que sejam.
 Ela não quer sentir.
 Não quer sentir.
 Não era suposto ser assim.


 Ela sairá pela porta da frente, e olhará para trás
 Tem de olhar
 É lá que ela está.
 Despede-se com um gesto rápido
 Com o andar pesado
 Ela não vai voltar.


 Nada será igual
 Nunca será o ideal
 De felicidade, como é possível ser feliz?
 Nunca a ensinaram.
 Ela não sabe e agora, é tarde demais.


 Está lá, pelo mundo
 À procura de conforto
 Fugindo ao seu fado

 Mas não vale a pena, 
 Pois ela não passa,
 De um bem danificado.

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